Nem todo mundo merece o seu perdão. Dizem que devemos perdoar quem nos fez mal, para termos paz, mas tem gente que não merece o nosso perdão.

Não conseguiremos conviver e nos relacionar sem que nos encontremos com pessoas que não valem a pena. É assim que a gente adquire experiência e aprendizados, para que consigamos cada vez mais nos afastar de relacionamentos lesivos, nocivos, tóxicos.

Não tem outro jeito, é passando por perrengues que conseguimos nos tornar imunes a eles.

Na verdade, não é muito fácil a gente aprender, quando existe afetividade envolvida. Analisar as coisas racionalmente, nesse contexto, tem o empecilho dos sentimentos.

É quase impossível ser objetivo, quando em meio a um relacionamento carregado de subjetividade.

Por essa razão, é tão leve encontrar soluções quando o problema não é nosso. A lucidez necessária para vislumbrar respostas requer um distanciamento emocional da situação.

É por isso que, muitas vezes, as pessoas se espantam com alguém que não consegue enxergar o quanto precisa se libertar de uma relação e não consegue.

De fora, as pessoas julgam comportamentos de quem está ali no meio do rodamoinho, esquecendo-se de que o emocional ali dentro está em ruínas. O discernimento da pessoa, sob as tempestades, é frágil, vulnerável, nebuloso. Ali de dentro, tudo parece maior, pior, menos solucionável.

O importante é se libertar. O importante é conseguir enxergar, enxergar-se. O importante é perceber quando, onde e quem machuca. Quando tomamos essa consciência, tudo melhora.

Nem sempre será rápido, nem sempre será algo fácil, mas sempre será prazeroso percebermos que nos livramos do que nos fazia muito mal. Será delicioso conseguir olhar para trás e não sentir mais nada além de paz.

E, então, chegará o momento de seguir mais leve, junto com a questão do perdão. Dizem que devemos perdoar quem nos fez mal, para termos paz, mas tem gente que não merece o nosso perdão.

Essas pessoas usarão até mesmo o nosso perdão contra nós, pois elas são desprovidas de compaixão. Perdoe-se. Isso, sim, traz paz.

*DA REDAÇÃO HP. Texto de Prof Marcel Camargo Foto de Iluha Zavaley no Unsplash.


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