“Tem horas que o melhor a fazer é chutar o balde. A sanidade mental agradece.” Talvez uma das expressões populares que mais combine com meu modo de ser.

Existe algo melhor que fazer aquilo que se gosta?

Se a vontade é de sorrir, mostre os dentes com orgulho. Nada melhor que rir, sorrir, gargalhar mesmo que seja de algo que só você entenda.

Se as lágrimas por vontade própria correrem na face (mesmo que seja uma emoção causada por um comercial de margarina) que corram. Que lavem com vontade o canal lacrimal. Use e abuse dos lenços de papel e o nariz vermelho nada mais é que um charme, uma marca que você é um ser emotivo, sensível.

Se o momento é para falar aquilo que se pensa, solte o verbo – mas não ofenda, nem menospreze o próximo – fale com convicção, exponha suas ideias, ponto de vista, proponha mudanças.

Mesmo na hora de chutar o balde, aja com sabedoria, não seja apenas como um tolo falando ao vento.

Se aquela música estiver tocando e der vontade de cantar, cante! Solte a voz, dance, faça caras e bocas – o máximo que vão pensar é que você surtou de vez – ouvir a própria voz mesmo que desafinada, não tem preço!

Se no meio da madrugada bater aquela vontade louca de comer uma omelete com cogumelos e a despensa está vazia, não pense duas vezes. Levante, coloque um roupão, pantufas e dirija-se ao supermercado ou loja de conveniência 24 horas mais próxima de sua casa.

Faça a compra, prepare a omelete e sinta-se parte da realeza. Uma cena como essa não sairá da mente de quem a vê nem em um milhão de anos!
Se a saudade apertar o coração, passe a mão no telefone – nada de mandar e-mails – e diga para a pessoa que está sentindo sua falta ou não diga nada além de um simples alô. Ouvir a voz de quem se ama é um prazer ímpar!

Se der vontade de brincar, correr pela grama, deitar no chão e ficar olhando os desenhos que as nuvens formam no céu, da maneira que as crianças fazem, não perca tempo! Volte a ser criança. Instantes de inocência e simplicidade são mágicos, preciosos, fazem bem à alma.

Se o desejo consumista invadir seu corpo, caminhe pelo shopping, experimente roupas, sapatos, sinta fragrâncias de perfumes, olhe vitrines. Afinal, ver e experimentar não custa absolutamente nada!

Se “aquela” pessoa que tem como passatempo reclamar de tudo, de todos e que acredita que o Universo conspira contra ela insistir em fazer de seus ouvidos sessões diárias de descarrego, arme-se! Tenha à mão nomes e telefones de terapeutas (inclusive os gratuitos do SUS), fotos do muro das lamentações e recomende uma excursão a Jerusalém, cantarole a música de Ivete Sangalo “Não me conte seus problemas” ou, em último caso, sugira uma sessão de exorcismo!

Afinal viver bem é fácil, difícil é conviver com quem complica tudo!
Se der vontade de caminhar de mão dadas, abraçar, faça sem pestanejar. Nunca sabemos o que pode acontecer no próximo segundo e se teremos a oportunidade de manifestar nosso carinho. Então, abrace, beije, ame, acarinhe, faça cafuné. Não deixe para amanhã o que se pode fazer agora.

Se o momento é de ter uma conversa séria, de discutir ou reavaliar a relação, não faça rodeios. Nada de dizer que a culpa é sua que é o seu jeito. Diga sempre a verdade. O que gosta e o que não gosta. O que o faz feliz e o que o faz infeliz. Se é quente ou frio. Morno é neutro. Seja honesto antes de tudo consigo mesmo. Só fazemos o próximo feliz se estamos feliz. Então, um brinde (com uma bela taça de vinho) à felicidade e à vontade de dar certo.

CHUTAR O BALDE não é uma atitude, é uma maneira de ser, agir e pensar.

CHUTAR O BALDE é acreditar nos próprios valores e lutar por eles.

CHUTAR O BALDE é saber que algo melhor está por vir e saber esperar.

CHUTAR O BALDE é ter consciência de que só merecemos respeito quando, em primeiro lugar, respeitamos o próximo.

CHUTAR O BALDE é ser honesto, ter coragem para fazer e falar aquilo que se gosta.

CHUTAR O BALDE é ver a beleza em tudo que nos cerca – mesmo nas adversidades – e saber tirar lições para a vida.

CHUTAR O BALDE é saber amar e perdoar. CHUTAR O BALDE é vencer a mesmice do dia a dia.

CHUTAR O BALDE é ousar é ser diferente.

CHUTAR O BALDE é saber viver. Então, CHUTE O BALDE. Faz um bem danado!